quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Sábado (26/11), às 14hs - SESSÃO ESPECIAL DO CINE BIJOU NA CIDADE ADEMAR



SESSÃO ESPECIAL DO CINE BIJOU NA CIDADE ADEMAR

DAHÚN OTITÓ: PELO FIM DOS MASSACRES

Salve Bijouzeir@s:

No próximo Sábado (26/11), às 14hs, teremos uma sessão especial do Cine Bijou na Cidade Ademar, Zona Sul de São Paulo. Em parceria com as nossas irmãs e irmãos do Sarau da Ademar, integraremos o projeto “Dahún Otitó”, desenvolvido por eles na Escola Martins Penna (ver endereço abaixo), numa atividade organizada também pela Rede de Comunidades do Extremo Sul. Neste dia realizaremos a exibição dos filmes “Prisioneiro da Grade de Ferro” (Paulo Sacramento, São Paulo, 200X) e do vídeo-clipe “Diário de um Detento”, dirigido por Maurício Eça junto aos Racionais MC’s.

DAHÚN OTITÓ: PELO FIM DOS MASSACRES
Aproveitando a ocasião desta Semana da Consciênca Negra, a idéia é discutir, na sequência dos dois filmes, o contexto de massacre vivido pela juventude pobre e negra em todo o país. “Pelo fim dos massacres” será o tema do debate-papo na sequência dos filmes, que contará com a participação de nossos parceiros da Rede Extremo Sul e da Rede 02 de Outubro - Pelo fim dos massacres.

Quando propomos discutir os massacres, estamos pensando em todas as dimensões que ele se apresenta no cotidiano dos trabalhadores e trabalhadoras. Não apenas na violência policial e nas prisões (o estágio mais perverso do genocídio), mas também como este massacre se dá na precariedade da Saúde, na insuficiência da Educação Pública, na falta de Moradia adequada, de Saneamento Básico etc etc.

No caso desta sessão, trataremos especialmente das políticas deliberadas de encarceramento em massa direcionadas sobretudo à juventude pobre e negra, sendo o estado de São Paulo o campeão nacional no número de jovens pres@s: mais de 170.000 pessoas encarceradas. Queremos discutir também como tem sido as abordagens e práticas policiais cotidianas nas quebradas, os abusos, as extorsões, a tortura, as operações policiais em favelas, os despejos em massa nas comunidades pobres, além da persistência do extermínio por execuções sumárias de nossos manos e manas. Lembrando que o Brasil segue sendo o país onde mais se mata em todo mundo: mais de 42.000 pessoas seguem sendo assassinadas todos os anos, principalmente pela polícia e grupos paramilitares ligados a ela.

Convidamos então todos os Bijouzeir@s para comparecerem nesta sessão especial do Cine Bijou junto com o Sarau da Ademar, construída também com os nossos parceiros da Rede Extremo Sul e da Rede 02 de Outubro.

Um abraço firme em tod@s! Contamos com sua presença Sábado na Ademar!

Coletivo do Cine Bijou – Cinema e Memória

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Sábado (12/11): "Linha de Montagem" e "Flaskô" - Debate s/ Tempo ocupado, Tempo de ocupação


Salve Camaradas de Bijou:

Sábado dia 12 de novembro, a partir das 15hs, exibiremos dois filmes:
"Linha de Montagem" (1982), de Renato Tapajós e o documentário "Flaskô, sob o controle dos trabalhadores" (2006).

Ambos os filmes abordam a luta operária, no entanto, vinte anos entre ambos e um personagem que os liga: Luís Inácio Lula da Silva que, no primeiro filme é líder sindical e no segundo, presidente recém-eleito do país.

Como sempre, uma roda de conversa no final das exibições, cujo tema será: "Tempo ocupado, tempo de ocupação”, onde a proposta é debatermos sobre as diversas ocupações que tem arrebentado pelos cantos da cidade e o que elas representam dentro do contexto no qual vivemos. As ocupações constantes na periferia da cidade, as recentes ocupações de sem-teto em prédios abandonados do centro, a Ocupa Sampa no Vale do Anhangabaú e também os compas estudantes que participaram das duas recentes ocupações na USP, do Centro Administrativo da FFLCH e da Reitoria: estão tod@s convidad@s a debater com a gente os limites e potenciais de nosso tempo cotidiano, os limites e potenciais do novo tempo-espaço experienciado nas diversas ocupações.

Por que os diversos tipos de ocupação são tão reprimidos pelas força policiais é uma questão para pensarmos cada vez melhor também, e coletivamente, sobretudo a partir de episódios violentos como foi o despejo da reitoria uspiana. Por que as elites e as forças repressivas de nossa sociedade não toleram, de maneira nenhuma, que deixemos de nos ocupar com o trabalho, com as ordens, com a burocracia e com as mecanicidades de nosso cotidiano? Por que deve ser tão exemplar a punição de quem ousa ocupar os espaços de poder, dito democrático, ou ociosos, ditos públicos ou portadores de qualquer função social?

As provocações iniciais são essas, e fica reforçado o convite a uma boa sessão de cinema e debate-papo.

Ajudem a Divulgar e Compareçam!

Forte Abraço a Tod@s,

Coletivo do Cine Bijou - Cinema e Memória


MAIS INFORMAÇÕES:

LOCAL: Teatro Studio 184, Pça Roosevelt, 184 – Centro

REALIZAÇÃO: Coletivo do Cine Bijou - a Ponte, Núcleo Memória, Teatro Studio 184 e Sarau da Ademar

CONTATOS: bijoucinememoria@gmail.com / 8460-3200 (c/ Alessandra), 8216-1889 (c/Ane), 8708-7962 (c/ Danilo), ou 8911-7917 (c/Silvana)

BLOG: http://bijoucinememoria.blogspot.com

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Sábado (29/10): "O Espetáculo Democrático" e "Nada será como antes, Nada?"




Salve Camaradas de Cine Bijou:

Retomaremos nossas exibições-debate neste próximo Sábado (29/10), a partir das 15hs, com uma sessão dupla de filmes, mais-que-especial!

Exibiremos "Nada será como antes, Nada?", de Renato Tapajós (1984) e, na sequência, "O Espetáculo Democrático", de Guilherme César (2003).

Ambos os filmes abordam o tema amplo da Democracia, em dois momentos distintos da história recente do país.

Rodado durante a ruína da Ditadura Civil-Militar, "Nada será como antes, Nada?" de Tapajós reflete sobre as lutas populares e a maneira como os cineastas se colocavam ao lado delas naquele momento. O documentário discute a posição do pensamento intelectual e artístico no calor das mudanças, e busca entender os limites entre os autores militantes e as lutas populares reais, em seu cotidiano.

A partir do registro da primeira posse à Presidência de Luiz Inácio Lula da Silva, "O Espetáculo Democrático" procura refletir a respeito dos 15 anos da história política "democrática" que levaram o candidato Lula, do Partido dos Trabalhadores (PT), até o cargo maior do país. O “Brasil democrático” é discutido através de imagens de campanhas eleitorais, entrevistas com parte da velha e da nova burocracia estatal, marqueteiros e com brasileiros pertencentes a diferentes movimentos sociais. Qual seria "o desafio da sociedade brasileira frente àquele primeiro governo que seria supostamente de esquerda, popular e até socialista?", foi uma das várias questões levantadas pelo filme naquele momento, que gostaríamos de voltar a discutir.

A idéia é que, além dos filmes, a gente atualize essa discussão trazendo ela pros desafios do presente: Que Democracia temos hoje? Qual Democracia Real nós queremos? Como podemos Lutar junt@s para tanto? Quais os nossos principais Limites e Desafios? Qual papel as Artes, de forma geral, e o Cine Popular, especificamente, podem cumprir nessa História toda?

Para isso pretendemos contar com a presença dos diretores dos dois filmes, Renato Tapajós e Guilherme César, o nosso público de Bijouzeir@s, e queríamos convidar a tod@s pessoas e coletivos que se interessarem em participar dessa reflexão toda, que cheguem junto com a gente. Coletivos periféricos, o pessoal do Fórum Centro Vivo - que chegou na última sessão, o pessoal do Acampa Sampa que está lutando ali do lado, no Vale do Anhangabaú, propondo questões semelhantes àquelas que pretendemos aprofundar. Quem sabe a gente não pensa junto também em alguma atividade de exibição e debate-papo lá pelas bandas do Anhangabaú tb, na sequência?

Vâmo nessa?

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

SESSÃO DIA 15/10/2011

Salve Camaradas de Bijou:

Neste Sábado (15/10) excepcionalmente não teremos sessão do Cine Bijou Memória porque nos somaremos às comemorações de 10 anos da Cooperifa São Paulo e às reflexões que vão rolar o dia inteiro na CPC M´Boi Mirim, durante a 4a Mostra Cultural da Cooperifa.

Inclusive nossa companheira de Bijou e do Sarau Da Ademar, Silvana Martins, vai somar numa das importantes rodas de conversa, sobre a "Escrita e Militância Cultural das Mulheres na Periferia".

Confiram a programação deste Sábado http://colecionadordepedras1.blogspot.com/2011/10/4-mostra-cultural-da-cooperifa-sabado.html

e vamos chegar no Piraporinha!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

SÁBADO (01/10) às 15hs: "São Paulo - Sinfonia da Metrópole" (1929) e "Zona Crítica" (2009)


(clique no cartaz para vê-lo ampliado)


Salve Camaradas de Bijou:

Em nossa próxima sessão, Sábado dia 01 de Outubro, a partir das 15hs, teremos uma combinação bem legal de filmes e debate...

Exibiremos o histórico "São Paulo - Sinfonia da Metrópole" (1929), dos diretores alemães Adalberto Kemeny e Rudolf Rex Lustig; e, na sequência, o média-metragem "Zona Crítica" (2009), dos diretores brasileiros Nina Fideles, João Campos e W. Jesus. Cerca de 2 horas e pouco de ótimos filmes, separados por 80 anos de História e, ao menos, duas Grandes Crises Mundiais entre eles... E nóis no meio desse furacão, ontem e hoje...

Como de praxe, na sequência das exibições, faremos nossa Roda de Conversa sobre o seguinte tema: "São Paulo em dois tempos: do início do século XX ao início do XXI".

Bora chegar para mais este momento de prosa coletiva sobre a formação do território, da cultura e das resistências por nossa cidade?

Ajudem a Divulgar e Compareçam!

Forte Abraço a Tod@s,

Coletivo do Cine Bijou - Cinema e Memória


MAIS INFORMAÇÕES:

LOCAL: Teatro Studio 184, Pça Roosevelt, 184 – Centro

REALIZAÇÃO: Coletivo do Cine Bijou - a Ponte, Núcleo Memória, Teatro Studio 184 e Sarau da Ademar

CONTATOS: bijoucinememoria@gmail.com / 8460-3200 (c/ Alessandra), 8216-1889 (c/Ane), 8708-7962 (c/ Danilo), ou 8911-7917 (c/Silvana)

BLOG: http://bijoucinememoria.blogspot.com

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Próxima Sessão (17/09): "São Paulo S/A" e "Qual Centro?"

Salve Camaradas de Bijou:

Em nossa Próxima Sessão teremos a exibição de dois filmes bem interessantes, que tratam da história de São Paulo.

"São Paulo, Sociedade Anônima", de Luis Sérgio Person (1965)

e "Qual Centro?", do Coletivo Nossa Tela (2010).

Na sequência teremos um debate sobre o processo de produção do espaço da cidade, e as recentes lutas nos seus diferentes territórios, entre a especulação imobiliária e os trabalhadores que constroem e vivenciam São Paulo.

Contaremos com a presença do pessoal do Coletivo Nossa Tela e convidaremos também, entre outr@s, a rapaziada do Fórum Centro Vivo. A chamada "revitalização" do Centro, como se sabe, será um dos temas abordados e discutidos.

Bora Divulgar e Comparecer?!

Forte abraço a tod@s e Até Sábado!

Coletivo Cine Bijou- Cinema e Memória


sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Cine Bijou - 2011 - Confira a Programação



O Projeto Cine Bijou – Cinema e Memória retoma suas atividades a partir do primeiro sábado de setembro próximo.

Permanecemos com o propósito de consolidar um novo espaço e novas formas de linguagens – efetivamente comunicativas - para tratar de um assunto tão importante quanto pouco preservado criticamente e/ou difundido democraticamente: nossa Cidade, nossa Cultura, e nossa História. Criando desta maneira efetivas pontes entre os participantes diretos ou indiretos de um passado histórico tão importante, com jovens atuais interessados no nosso passado cultural e político, tão presentes. Da mesma forma em relação a espaços históricos desta cidade que vivemos, dos quais devemos nos apropriar histórica e simbolicamente, como no caso da Praça Roosevelt e do antigo “Cine Bijou”, atual Teatro Studio 184, e tantos outros.

Assim, estamos certos de que nosso projeto poderá seguir contribuindo – e muito! – para as iniciativas artísticas e culturais feitas pelos jovens dos dias de hoje, ajudando-nos a refletir sobre nossas práticas, nossos processos criativos e simbólicos, bem como em propostas de intervenção na cena cultural e política da cidade.

Para a concretização desse propósito, contamos com sua presença!

A primeira sessão será dia 03 de setembro de 2011, às 15 horas, com exibição dos filmes Cinema Paradiso, direção: Giuseppe Tornatore - 123 min. - 1988 e Chá Verde e Arroz - Direção: Olga Futemma - 11 min. – 1989. Após os filmes, haverá debate sobre a importância dos cinemas na formação cultural da cidade de São Paulo.

LOCAL: Teatro Studio 184, Pça Roosevelt, 184 – Centro

REALIZAÇÃO: a Ponte, Núcleo Memória, Teatro Studio 184 e Sarau da Ademar

CONTATOS: bijoucinememoria@gmail.com / 8460-3200 (c/ Alessandra), 8216-1889 (c/Ane), 8708-7962 (c/ Danilo), ou 8911-7917 (c/Silvana)
















sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Processo de tombamento do Cine Belas Artes é aberto (18/01/2011)

Imóvel não poderá ser alterado pelos próximos três meses.

Medida não garante, porém, que cinema continue funcionando no edifício.

Do G1, em São Paulo

Foi aberto nesta terça-feira (18) o processo de tombamento do Cine Belas Artes, tradicional cinema de São Paulo localizado na esquina da Avenida Paulista com a Rua Consolação. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do cinema.

Na prática, o processo aberto pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) impede que o proprietário modifique o imóvel pelos próximos três meses. Nesse período, devem ser apresentados argumentos que justifiquem o tombamento.

Isso não garante, porém, que o o cinema permaneça instalado no imóvel. Segundo anúncio da administração feito no começo do mês, suas atividades serão encerradas em 27 de janeiro.

A estrutura do Cine Belas Artes inclui seis salas de projeção, distribuídas por três andares. A maior delas tem 290 poltronas. Ao todo, são 1,009 lugares.No final de março de 2010, o banco HSBC anunciou que deixaria de patrocinar o cinema. Desde então, seu proprietário André Sturm passou a procurar parcerias que mantivessem o local aberto. Em julho, em uma ação batizada de "Salve o Belas Artes", 16 restaurantes da cidade davam um ingresso - e uma sobremesa - aos consumidores que doassem R$ 5.

Segundo a assessoria de imprensa, caso o Belas Artes saia de seu atual endereço, Sturm tem o projeto de abrir um novo cinema com a mesma proposta, preservando inclusive o Noitão, uma sessão mensal durante a madrugada em que o público assiste a três filmes na sequência.

Não deixe o cine Belas Artes fechar (12/01/2011)


NABIL BONDUKI

Milhares de paulistanos estão contra o fechamento desse cinema porque se sentem ligados ao local, que é uma referência cultural e urbana

A mobilização que a notícia do fechamento do Belas Artes gerou fala por si só: o cinema é um patrimônio da cidade de São Paulo.

Seu desaparecimento seria a perda de um pedaço de nossas vidas e criará uma lacuna que São Paulo, tão desprovida de memória e de lugares significativos, não pode deixar acontecer. Milhares de paulistanos estão contra esse crime porque se sentem ligados ao local, uma referência cultural e urbana.

Não se trata de preservar a arquitetura do edifício, mas seu uso, sua importância como ponto de encontro e espaço de debate cultural. A noção contemporânea de patrimônio é clara: a comunidade, além dos especialistas, tem um papel fundamental na identificação dos bens culturais a serem protegidos.

A noção de patrimônio mudou muito desde que o Estado Novo, por meio do decreto-lei nº 25/1937, criou o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e instituiu o tombamento. Na época, prevaleceu uma visão restrita, voltada para os bens com valor arquitetônico e artístico, chamada de "patrimônio de pedra e cal".

Nessa concepção, os critérios utilizados para a seleção dos bens a serem protegidos eram os de caráter estético-estilísticos, excepcionalidade e autenticidade, valorizando a arquitetura tradicional luso-brasileira, geralmente edifícios isolados, produzida no período colonial.
O foco era a criação de uma identidade para fortalecer a construção do Estado nacional.

A partir dos anos 1970, essa noção de patrimônio se alargou para abranger sítios urbanos, manifestações de outros períodos e origens culturais e para valorizar os espaços representativos da vida social e dos hábitos cotidianos da população. Em certas situações, esses podem ser mais relevantes que monumentos de valor arquitetônico.

Valorizando o contexto urbano e edifícios utilizados pela população, essa visão reserva à comunidade um papel ativo na identificação do patrimônio. O tombamento do cine Belas Artes está respaldado no Plano Diretor Estratégico (PDE), do qual fui relator e redator do substitutivo na Câmara Municipal de São Paulo (lei nº 13.540/ 2002). O PDE incorporou integralmente essa visão contemporânea de patrimônio.

Uma das diretrizes do seu capítulo de política de patrimônio histórico e cultural é "a preservação da identidade dos bairros, valorizando as características de sua história, sociedade e cultura" (artigo 89, inciso III); uma das ações propostas é a de "incentivar a participação e a gestão da comunidade na pesquisa, identificação, preservação e promoção do patrimônio histórico, cultural, ambiental e arqueológico" (artigo 90, inciso VII).

De modo coerente com o PDE, parcela relevante da comunidade paulistana identificou um bem que faz parte da identidade de um bairro, que é característico da história e da cultura da cidade, e se mobiliza para garantir sua preservação.

Não é uma questão nova: em 2003, ocorreu uma grande comoção, que impediu o fechamento do Belas Artes e do antigo Cinearte (atual cine Livraria Cultura). Como parte daquela luta, propus uma lei que permite aos cinemas de rua o pagamento do IPTU e do ISS com ingressos, a serem utilizados pela prefeitura em programas de inclusão cultural.

Aprovada a lei e passado o sufoco, erramos ao não propor proteção legal permanente para os cinemas.

Agora, não temos tempo a perder; em poucos dias, o Belas Artes poderá ser uma ruína. A Associação Paulista de Cineastas já pediu o tombamento, pedido que eu reforço por meio deste artigo.

O Departamento de Patrimônio Histórico deve elaborar um parecer técnico e o Compresp (conselho municipal do patrimônio histórico) deve convocar reunião extraordinária, antes do final de janeiro, para aprovar o tombamento e não deixar que essa nova catástrofe ocorra em São Paulo.


NABIL BONDUKI é arquiteto, professor de planejamento urbano na FAU-USP e primeiro suplente de vereador da bancada do Partido dos Trabalhadores na cidade de São Paulo. Foi vereador de São Paulo pelo PT (2001-2004) e relator do Plano Diretor Estratégico na Câmara Municipal.